A placa dentária pode mineralizar-se pela fixação do cálcio salivar para se transformar em tártaro.
É responsável pela aparência rugosa e textura áspera do dente, características que facilitam a aderência e a retenção de bactérias. No cão, o tártaro é sobretudo visível no maxilar superior, nomeadamente nos dentes molares e pré-molares.
O tártaro pode ser classificado em 2 tipos:
Supra-gengival
Sub-gengival
O primeiro é aquele que está visível, provocando principalmente problemas de ordem estética.
O segundo, tártaro sub-gengival, não se vê, mas é o que contribui para as doenças gengivais. Juntamente com as bactérias da placa dentária, pode provocar a destruição do ligamento que une o dente à gengiva e ao osso alveolar.

Doença periodontal
Trata-se de um termo geral aplicado às afecções inflamatórias que afectam o conjunto dos tecidos de suporte do dente (periodonto) e que se acompanha por uma perda de ligação entre o dente e a gengiva.
No gato, a doença periodontal manifesta-se precocemente, uma vez que se encontram sinais em 70% dos gatos com idades compreendidas entre os 20 e os 27 meses e o grau de gravidade aumenta com a idade do animal.
Desenvolvimento da doença periodontal
A verdadeira causa não é o tártaro, mas a placa bacteriana (ou placa dentária). Ao longo do tempo as bactérias da cavidade bucal combinam-se com a saliva para formar na superfície dos dentes um «biofilme» bacteriano muito resistente, que constitui a placa dentária. Esta provoca rapidamente uma inflamação da gengiva (gengivite) responsável pelo mau hálito (ou halitose). Nesta fase a doença é reversível se a placa for eliminada.
Consequências da doença periodontal
Os primeiros sinais da doença periodontal incluem mau hálito progressivo, salivação excessiva e dificuldade em se alimentar. De facto, as gengivas encontram-se inflamadas, irritadas e os dentes encontram-se mais sensíveis. A dor provocada pela mastigação impede o animal de se alimentar correctamente.
Consequências
• Descarnação, com eventual queda do dente;
• Formação de abcessos;
• Infecções secundárias de outros órgãos: o coração, os pulmões, os rins e o fígado podem ser infectados pela entrada das bactérias na circulação sanguínea.
Exame oral
Animais que devem fazer um exame oral no Médico Veterinário
• Animais com mau hálito
• Animais com tártaro
• Animais geriátricos
• Animais com má implantação dentária
• Animais que salivem excessivamente ou que apresentem dor ao mastigar o alimento
Destartarização
Enquanto que a placa dentária pode ser removida pela escovagem dos dentes, o tártaro apenas é removido pela destartarização.
Este é um procedimento veterinário realizado unicamente sob anestesia geral, para evitar qualquer sensação dolorosa e stress associados à utilização de ultra-sons. Todos os dentes são destartarizados, um a um.
Para finalizar a operação, normalmente procede-se ao polimento dos dentes, para alisar todas as irregularidades na superfície do dente que favorecem uma nova implantação bacteriana.
A destartarização é igualmente o momento certo para proceder à remoção de qualquer dente que se encontre descarnado e que apresente mobilidade.

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